quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Dona Maria Celeste Neves, um exemplo de vida e arte ao alcance dos alunos de escola do município

No dia 11 de novembro de 2011, a encantadora senhora de 92 anos, que desde os 64 transforma a cultura açoriana e bordados em verdadeira obra de arte, recebeu mimos de alunos participantes do projeto Clube da Leitura e gravou mensagem a eles. Dona Maria Celeste Neves havia sido convidada para uma visita a duas unidades educativas da Rede Municipal de Ensino de Florianópolis, EBM Batista Pereira e EBM Mâncio Costa; entretanto, ela não pôde comparecer aos encontros, devido a uma anemia. Por isso, a coordenação do projeto propôs um intercâmbio de experiências entre a artista e seus admiradores. As articuladoras do projeto nas respectivas unidades, a supervisora Raquel e a bibliotecária Sueli, conversaram com os alunos e eles concordaram em enviar suas produções, cartinhas e até presente para a convidada, na impossibilidade de ela os visitar. 



Assim, as professoras Heliete e Rosane, da coordenação do projeto, fizeram o papel de mensageiras deste rico material e foram recebidas pela artista e sua filha Ecila na própria residência dela. Bem alinhada, elegante e bonita, a carismática senhora ficou surpresa e agradecida pelo presente enviado por uma das alunas, a Raquel, da turma 33 da EBM Batista Pereira. Depois seus olhos brilharam ao ver as inúmeras cartinhas dos jovens desta escola. Ela leu as primeiras e ficou emocionada. Segundo a filha, Ecila, Dona Celeste não perdeu tempo. No mesmo dia, após a saída das representantes do projeto, ela leu todas as cartinhas e ficou sensibilizada, porque muitas alunas, principalmente, demonstraram preocupação com o estado de saúde dela e lhe desejaram melhoras. As mãos experientes da artista também envolveram carinhosamente os panôs confeccionados pelos alunos da EBM Mâncio Costa. Ela apreciou um a um os trabalhos e elogiou o envolvimento das crianças nesta atividade criativa. 


Em seguida, inspirada em todas essas demonstrações de apreço e conhecimento de sua vida e sua obra, por parte dos alunos e das mediadoras, Dona Celeste começou a falar espontaneamente sobre seus sentimentos em relação a tudo isso, deixando gravada uma motivadora mensagem às crianças. 

Ao final, ela fez a doação de dois exemplares da obra Fábulas de linha e agulha: Artes de Maria Celeste, para serem sorteados entre os alunos participantes do projeto, um em cada unidade. Os principais momentos desse encontro, as fotos, a gravação, tudo foi organizado e registrado em um CD, pela professora Rosane. As articuladoras de cada unidade e também a homenageada receberam uma cópia desse material que será socializado com os alunos.

 PARABÉNS às articuladoras Raquel e Sueli pelo entusiasmo com que envolveram os alunos nesse significativo trabalho de mediação de leitura.
Nossos mais SINCEROS AGRADECIMENTOS à artista que pinta com agulhas e também a sua filha por nos ter permitido realizar esse intercâmbio de experiências entre a criadora e seus admiradores.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

MARTA MARTINS VISITA ALUNOS DA EBM OSMAR CUNHA

A escritora Marta Martins fez sua última visita deste ano a uma unidade educativa da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis. Foi no dia 04 de novembro de 2011, na EBM Osmar Cunha.

Logo que chegou à Biblioteca Monteiro Lobato, a escritora observou uma mensagem na entrada, à qual ela fez referência aos alunos mais tarde. Trata-se de uma citação de Rubem Alves, que diz o seguinte: "Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas asas fazem voar".

E assim, com essa boa recepção, Marta entrou na sala de leitura da biblioteca Monteiro Lobato. As crianças da turma 12 logo chegaram com a professora Dorotéia. Elas perceberam a presença da escritora e espontaneamente interagiram com ela:

“_ Gostei do livro. É fiz trabalhinho com massinhas. Eu fiz o Rafael.”

“_ Ele levou o livro que ela (a bibliotecária) leu.”

“_ Sabia que eu fiz uma vez um desenho seu de cabelos curtos.?”

Marta então os deixou mais à vontade ainda, com um “Boa Tarde” cantado.

Em seguida, a bibliotecária Lidyani apresentou a escritora aos presentes e abriu o espaço para perguntas.

“_ Toda a história é feita com massinha?”

“_ Você tem vontade de fazer um filminho com Maricota e Cocota?

A professora Dorotéia contou à convidada que “as crianças fizeram um bilhete para sugerir um novo tema para ela escrever”. Disse que “elas aceitaram muito bem a proposta, até porque a ilustração deste livro é ótima e a história é muito boa”. Ela também contou como foi o trabalho a partir da obra Maricota e Cocota: “Foi um processo, não fizemos tudo de uma só vez. Foi feito trabalho de interpretação e eles criaram novos personagens. Eu deixei por último o trabalho com as massinhas. Também gostei muito, pois no meu tempo de escola, nunca tive a oportunidade de conhecer uma escritora. Você não sabe o quanto isso é importante para eles (alunos), porque têm a ideia de que o escritor já morreu.”

As crianças foram chamadas uma a uma pela Lidyani, para mostrarem o trabalho e pegar autógrafo.

Para fechar o encontro com a turma 12, Marta fez uma roda e cantou com eles: “_Gosto das pessoas, gosto de brincar....”.

Mas a convidada tinha mais admiradores na unidade e assim que a turma 12 saiu, entraram as crianças das turmas 22 e 23, das professoras Maria Solange e Cristiany, respectivamente, juntamente com a auxiliar Josi, que acompanha o aluno com deficiência Bruno.

Os trabalhos dos alunos, feitos a partir da obra Brincar de Verdade, estavam expostos na sala de leitura, onde acontecia o encontro. Marta elogiou essa atividade e comentou que as crianças também estiveram com ela no ano passado, quando leram Maricota e Cocota.

Em seguida, deu seu “Boa Tarde”, falou um pouquinho sobre ela, e logo começaram as questões:

“_ É você mesma quem canta as músicas do livro?”

“_ É difícil fazer um livro?”

“_ Demorou muito para fazer o livro?”

“_ Você se divertiu fazendo o livro?”

“_ Meu pai pediu pra ler o livro e depois eu fazer um resumo”

“_ Meu pai sabe inventar histórias”.

“_ Você tem este livro em brille?”

“_ Você teve que pesquisar muito?”

Marta confessou às crianças que , para escrever um livro, primeiro põe-se a ideia no papel, mas até ficar pronto leva um tempo, porque depois é preciso combinar as palavras, pesquisar, organizar e mandar para um revisor. Ela também revelou que a ideia desse livro já estava na sua cabeça. Em um dia, entrou em sua casa, sentou e começou a escrever sem parar. Depois leu e releu várias vezes o rascunho e foi fazendo as alterações necessárias. A sujestão de cantar os poemas foi de uma professora.

A professora Cristiany comentou que “foi muito tranqüilo ler esse livro com eles. Nós fizemos as brincadeiras dos poemas, o livro didático também traz este tema; então a obra complementou o trabalho”.

A professora Maria Solange lembrou que as crianças “ficaram muito felizes de fazer a pipa. Muitos ficaram eufóricos, aí eu os deixei levá-la para casa”.

Finalizando a conversa, Marta propôs que fizessem uma roda, para cantar o poema “Roda Pião” e brincarem.

Parabéns às professoras que realizaram esse criativo e motivador trabalho com seus alunos e alunas das turmas 12, 22 e 23, e também para a articuladora do projeto na unidade, a bibliotecária Lidyani.

Mais uma vez, agradecemos a parceria frutífera da escritora e editora Marta Martins com o projeto.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

LUANA VON LINSINGEN É ENTREVISTADA NA EBM OSMAR CUNHA

Alunos da professora Kátia _ uma turma da 7ª série e duas da 8ª, entrevistaram a escritora Luana Von Linsingen no dia 03 de novembro de 2011. O encontro faz parte das atividades de formação de leitores do projeto Clube da Leitura: a gente catarinense em foco, articulado na unidade pela professora Kátia e pela bibliotecária Lidyani.


Luana fez uma fala inicial, apresentando-se como escritora e professora da Rede Pública Municipal de Florianópolis.
Em seguida, Kátia iniciou a entrevista, perguntando à convidada onde ela estava quando escreveu o livro O Botão Grená. Luana contou que “estava na Universidade, em meio a um relatório”, quando a coautora Rosana Rios chegou com um botão de roupa e lhe fez provocações do tipo: “_ Achei este botão na praia. Isso não é curioso?”; “_ Você não acha este botão interessante? Ele pode ter sido arrancado de alguém.” Quando percebeu que não conseguiria terminar o relatório, Luana entrou em um diálogo com Rosana sobre “a aventura do botão”. Assim as duas foram se revezando na tarefa de produzir o livro. Durante aproximadamente meio ano, cada uma foi escrevendo um capítulo. Primeiro uma escrevia, a outra lia e continuava a história, elaborando o próximo capítulo.
Um exercício muito instigante de produção escrita como esse só poderia resultar na obra que prendeu a atenção dos alunos. E logo começaram as questões deles. Aí vão algumas delas.




“_ Em que praia foi achado o botão?”

“_ Qual foi o objeto que a Maya encontrou na praia no final do livro?”

“_ Você pensa em fazer outro livro para dar continuação a essa história?

“_ Quais livros você escreveu?”stória?”

“_ Quando você e a Rosana escreveram essa história, fizeram pesquisa sobre Franklin Cascaes? Vocês pensaram em homenageá-lo?”

“ _ Qual foi seu primeiro livro?”

“_ A casa da história existe?”

“_ Você tem algum livro escrito, mas não editado? Quais são as histórias desses outros livros? _ Por que você ainda não os publicou?”

“_ Em que você se inspira para escrever?”

“_ De onde tira os nomes dos personagens?”

“_ A Loja Segredos existe ou foi inventada?”



Luana, que preferiu ficar em pé, aproximando-se ainda mais dos alunos, respondeu a todas as perguntas com clareza e objetividade. Contou que seu primeiro livro, Meus Animais, foi publicação própria ainda muito jovem. Que a obra A Casa de Hans Kunst foi escrita quando ela ainda tinha apenas 13 anos e, aos 17, esta foi a sua primeira obra publicada. Aliás, ela revelou que tem mais três livros prontos para serem publicados, mas, como ficou muito tempo sem apresentar uma obra, encontra dificuldade para entrar novamente no mercado editorial. O livro “Os Hibelurrais”, por exemplo, já está prontinho e já foi encaminhado para as editoras, mas ela ainda não obteve resposta. E ainda aconselhou a quem quer escrever: “_ Não se censure. Escreva tudo que lhe estiver causando inquietação na cabeça, porque o importante é a ideia. Depois você faz a amarração e, por último, a revisão, de preferência, por alguém da área de língua portuguesa.”


A professora Kátia fechou o ciclo de perguntas com um discurso sobre o objetivo da atividade e do projeto. Salientou que o contato deles com a escritora, com as revelações que esta fez, provam que “uma pessoa pode escrever, desde que tenha interesse, inspiração, leitura, dedicação e empenho”. Ela também disse que “o que envolveu os alunos na leitura do livro foi o fato de a história estar muito próxima da realidade deles”. Por fim, entregou um presente à bibliotecária, em agradecimento à parceria dela nas atividades.




Lidyani agradeceu a todos pela lembrança e também falou sobre o envolvimento dos alunos com a leitura dessa obra. Ela disse que foi visível que “a maioria aproveitou muito dessa leitura”, recompensando a promoção deste encontro com a Luana. Os trabalhos deles ficaram expostos para apreciação da escritora.





Estavam presentes também a auxiliar de biblioteca, professora Fátima, o professor de Geografia e a professora de Educação Física, Suzana.

PARABÉNS às duas profissionais por mais este trabalho, que certamente será memorizado na história de leitura de cada uma das pessoas envolvidas.

Nossos sinceros agradecimentos à professora e escritora Luana Von Linsingen por esta importante participação, contribuindo de forma significativa para a formação de jovens leitores.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A autora de "Brincadeiras Infantis na Ilha de Santa Catarina" visita a EDM Costa da Lagoa

A EDM Costa da Lagoa recebe a visita da escritora Telma Piacentini, no dia 04 de novembro para conversar sobre o livro Brincadeiras Infantis na Ilha de Santa Catarina.





A diretora Waldirene deu as boas-vindas à escritora e parabenizou a todos pelo trabalho desenvolvido. A seguir, a mediadora do projeto na Unidade, Ana Tamutis e as professoras Elizete e Carolina apresentaram as atividades que foram desenvolvidas mediante a leitura da obra Brincadeiras Infantis na Ilha de Santa Catarina. 



Após a rica apresentação, as crianças queriam fazer perguntas à autora da obra, professora Telma Piacentini. Algumas tinham curiosidade a respeito da forma como foram feitas as imagens do livro; queriam saber se ela gosta de fotografar as esculturas; também queriam saber do que ela brincava quando era criança. Com muita disposição e simpatia, a escritora foi respondendo uma a uma as perguntas das crianças.












A conversa contou também com a presença das crianças da Educação Infantil e suas professoras, além de alguns pais que vieram prestigiar a ilustre visitante.

Para animar ainda mais o encontro permeado de boas recordações de brincadeiras da infância, fomos convidados a ir até o pátio da escola e participar de algumas brincadeiras que as crianças haviam preparado com as professoras do Ensino Fundamental e da Educação Infantil.



Ao fim do encontro os funcionários da escola prepararam um lanche com quitutes deliciosos.


PARABÉNS a todos os funcionários da escola por esse significativo trabalho de leitura realizado e também pelo envolvimento das famílias. AGRADECIMENTOS à escritora Telma Piacentini pela participação enriquecedora no projeto Clube da Leitura: a gente catarinense em foco. 

Veja mais imagens da visita: